António Guterres fala sobre os desafios de chefiar a ONU

O futuro secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defende uma instituição mais eficaz e que responda aos problemas das pessoas. Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, ele fala sobre os desafios do cargo num mundo cada vez mais “multicultural e multirreligioso”.

Michel Temer parabeniza novo secretário-geral das Nações Unidas

Michel Temer parabenizou o novo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que substitui Ban Ki-moon, informou o porta-voz da Presidência da República.

Assembleia Geral confirma António Guterres no comando da ONU

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A Assembleia Geral da ONU confirmou hoje (13/10) por aclamação o nome de António Guterres para liderar a Organização das Nações Unidas a partir de 1º de janeiro de 2017. Os 193 países-membros votaram na indicação do Conselho de Segurança.

António Guterres tem 67 anos e foi primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002, quando se envolveu nos esforços internacionais para solucionar a crise no Timor-Leste. Por dez anos foi alto-comissário para os refugiados, chefiando a agência da ONU especializada no tema, o ACNUR.

Guterres sucede o atual secretário-geral, Ban Ki-moon, da Coreia do Sul, indicado em 2006 e cujo mandato termina no dia 31 de dezembro de 2016. O novo secretário-geral assume em janeiro de 2017 para um mandato de cinco anos, que pode ser renovado pelos países-membros por mais cinco anos.

Os últimos cinco indicados para o cargo foram apontados pela Assembleia Geral em resolução adotada por consenso. De acordo com o artigo 97 da Carta da ONU, “o secretário-geral será indicado pela Assembleia Geral mediante a recomendação do Conselho de Segurança”.

Além de Guterres, outros 12 candidatos concorreram para o cargo. A escolha deste ano passou por um processo histórico: tradicionalmente feita a portas fechadas, pela primeira vez a escolha teve discussões públicas, onde cada candidato apresentou as propostas para ocupar o principal cargo diplomático do mundo.

Os encontros informais entre os candidatos, os países-membros da ONU e representantes da sociedade civil começaram em 12 de abril, quando os candidatos apresentaram propostas e responderam a perguntas sobre desenvolvimento sustentável, os esforços pela paz, proteção aos direitos humanos e grandes catástrofes humanitárias. Em julho, a ONU transmitiu pela primeira vez um debate onde os candidatos responderam a perguntas de diplomatas e do público em geral.

Como presidente do Conselho Europeu no início dos anos 2000, Guterres liderou a adoção de um plano de desenvolvimento estratégico para a União Europeia, e copresidiu a primeira cúpula da Europa com a União Africana.

Guterres também foi membro do Conselho de Estado português de 1991 a 2002, tendo sido eleito para o parlamento do país em 1976, onde serviu por 17 anos. Guterres foi presidente da Internacional Socialista de 1999 até 2005. Ele é fluente em português, inglês, francês e espanhol, é casado e tem dois filhos.

Fonte: ONU Brasil

ONU nomeia oficialmente português António Guterres como novo secretário-geral

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A Assembleia Geral da ONU nomeou oficialmente nesta quinta-feira (13/10) o ex-primeiro-ministro de Portugal António Guterres como novo secretário-geral do órgão. Ele assume o cargo no dia 1º de janeiro de 2017, quando substituirá Ban Ki-moon.

Sugerido pelo Conselho de Segurança no último dia 6, a nomeação foi aprovada pelos 193 Estados-membros da Assembleia Geral. Guterres, que durante dez anos esteve à frente do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), será o nono secretário-geral da organização e tem um mandato inicial de cinco anos, que vencerá, portanto, no dia 31 de dezembro de 2021.

Após a nomeação, ele afirmou que, como novo secretário-geral, terá uma abordagem “humilde” perante as questões globais.

Os dramáticos problemas do complexo mundo atual podem apenas inspirar uma abordagem humilde, na qual o secretário-geral sozinho não possui todas as respostas, nem busca impor suas opiniões
disse ele diante da Assembleia Geral.

Ban Ki-moon, o atual secretário-geral, celebrou a nomeação de Guterres, afirmando ser “uma escolha fantástica para dirigir esta organização”.

Ele é talvez melhor conhecido onde mais importa — na linha de frente dos conflitos armados e sofrimento humanitário
disse Ban

A nomeação desta quinta era apenas uma formalidade, pois, embora a Assembleia Geral seja quem nomeia o líder da ONU, a verdadeira discussão ocorre no Conselho de Segurança e sua decisão é geralmente acatada pela Assembleia Geral.

Naquele instância, Guterres concorreu contra outros 12 candidatos e candidatas. Ele foi considerado o favorito desde o início, tendo vencido as seis votações informais realizadas no Conselho, apesar da pressão externa de se nomear uma mulher para a Secretaria Geral — dos 13 candidatos, sete eram mulheres.

Comunidade internacional reage a nomeação oficial de Guterres

Diante da nomeação oficial de Guterres nesta quinta, diversas personalidades internacionais se pronunciaram celebrando o acontecimento. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, já felicitou Guterres e disse ser “o melhor” para o cargo. “Isso é muito bom para o mundo, para as Nações Unidas e para Portugal”.

O premiê português, António Costa, por sua vez, disse que ele é “a pessoa certa” para substituir Ban Ki-moon. “Como português, [reajo] com um enorme orgulho, e, como cidadão do mundo, com uma enorme satisfação, porque tudo indica que vamos ter a pessoa certa no lugar certo”, disse ele.

A ministra das Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, também se pronunciou. Em sua conta do Twitter, ela afirmou já ter cumprimentado o futuro secretário-geral, “um bom amigo, homem de visão, coração e ação”. Para ela, com Guterres à frente da ONU, a cooperação do orgão com a União Europeia “ficará ainda mais forte”.

Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, também felicitou o ex-primeiro-ministro português. No Twitter, Schulz afirmou que Guterres será um “sensacional secretário-geral” e que ele é “um orgulho para a Europa”.

Fonte: Opera Mundi

Secretário-geral da ONU emite declaração sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff

Presidenta Dilma Rousseff durante discurso no Senado Federal, Dialison, Dialison Cleber, Dialison Cleber Vitti, DialisonCleberVitti, Dialison Vitti, Dialison Ilhota, Cleber Vitti, Vitti, dcvitti, @dcvitti, #dcvitti, #DialisonCleberVitti, #blogdodcvitti, blogdodcvitti, blog do dcvitti, Ilhota, Newsletter, Feed, 2016, ツ

Leia a nota do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Declaração atribuída ao porta-voz do secretário-geral da ONU sobre o impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

O secretário-geral tomou conhecimento sobre a decisão do Senado brasileiro de aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff e sobre a subsequente posse do presidente em exercício Michel Temer como presidente do Brasil.

O secretário-geral envia seus melhores desejos ao presidente Temer no início de seu mandato. Ele confia que, sob a liderança do presidente Temer, o Brasil e as Nações Unidas continuarão sua estreita parceria.

O secretário-geral agradece a presidente Rousseff por seu comprometimento e apoio ao trabalho das Nações Unidas durante seu mandato.

Nova York, 31 de agosto de 2016

A igualdade entre homens e mulheres na economia só será atingida em 81 anos

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A igualdade entre homens e mulheres tem avançado lentamente, conclui relatório das Nações Unidas (ONU) que avaliou a equidade de gênero em 167 países. O documento será apresentado segunda-feira (9) pelo secretário-geral Ban Ki-moon, em referência ao Dia Internacional da Mulher comemorado no dia 8 de março.

O relatório destaca que, no ritmo atual, serão necessários 81 anos para se alcançar a paridade de gênero na economia e 50 anos para a igualdade na representação parlamentar.

O levantamento é um balanço da aplicação das normas adotadas pelos países na Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, em Pequim, na China, há 20 anos. Lá, foi pactuada uma plataforma de ação para ser cumprida pelos governos, iniciativa privada e sociedade.

“Há uma lacuna decepcionante entre as normas e a implementação da Plataforma de Ação de Pequim, e um fracasso coletivo de liderança nos progressos para as mulhere, disse a diretora executiva da agência da ONU para Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, na sexta-feira (6). “Os líderes com poder para fazer essas ações falharam com mulheres e meninas”, avaliou.

Em 1995, 189 países assinaram a Plataforma de Ação de Pequim. De la para cá, a ONU mostra que houve poucos progressos para acabar com leis discriminatórias, aprovar leis contra a violência dirigida a mulheres e meninas. No entanto, a ONU reconhece que caiu a mortalidade materna, aumentou o número de jovens em escolas primárias e a participação de mulheres mercado de trabalho.

“Os ganhos contrastam com o fato de, apesar da melhoria de educação, as mulheres têm alguns dos piores empregos, enquanto o fosso salarial entre os gêneros é um fenômeno mundial”, diz a agência, em comunicado divulgado pela ONU Mulheres. A estimativa é que elas ganham salários 77% menores do que o dos homens.

“Deixe-me sugerir três requisitos essenciais [para equidade de gênero]: vontade e liderança política inabaláveis; aumento dos investimentos na agenda para as mulheres e meninas e uma forte responsabilização que inclui a sociedade”, diz a diretora Phumzile Mlambo-Ngcuka.

Agência Brasil

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Declaração de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU sobre a morte de Mandela

Declaração de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU sobre a morte de Mandela

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou na noite do dia 5 de dezembro a morte do líder sul-africano Nelson Mandela. Para Ban, Mandela foi “uma figura singular” no cenário global – um homem de “dignidade calma e realização imponente”, um “gigante da justiça e uma fonte humana de inspiração”. Leia abaixo a declaração na íntegra, em português, de Ban Ki-moon, e abaixo vídeos sobre Mandela.

Nelson Mandela foi uma figura singular no cenário global – um homem de dignidade calma e realização imponente, um gigante da justiça e uma fonte humana de inspiração.

Estou profundamente triste com a sua morte. Em nome das Nações Unidas, estendo minhas mais profundas condolências ao povo da África do Sul e, especialmente, à família de Nelson Mandela e entes queridos.

Muitos por todo o mundo foram fortemente influenciados por sua luta altruísta pela dignidade humana, igualdade e liberdade. Ele tocou nossas vidas de maneiras profundamente pessoais. Ao mesmo tempo, ninguém fez mais em nosso tempo para fazer avançar os valores e aspirações das Nações Unidas.

Nelson Mandela dedicou sua vida ao serviço do seu povo e da humanidade, e ele o fez com grande sacrifício pessoal. Sua posição de princípios e a força moral que sustentou foram decisivos no desmantelamento do sistema de apartheid.

Notavelmente, ele ressurgiu após 27 anos de detenção sem rancor, determinado a construir uma nova África do Sul com base no diálogo e na compreensão. A Comissão da Verdade e da Reconciliação estabelecida sob a sua liderança continua a ser um modelo para alcançar a justiça nas sociedades que confrontam um legado de violações dos direitos humanos.

Na luta de décadas contra o apartheid, as Nações Unidas estavam lado a lado com Nelson Mandela e com todos aqueles na África do Sul que enfrentaram o racismo e a discriminação implacáveis. Seu discurso em 1994 a Assembleia Geral da ONU como o primeiro presidente democraticamente eleito de uma África do Sul livre foi um momento decisivo.

A Assembleia declarou 18 de julho, seu aniversário, como o Dia Internacional Nelson Mandela, uma celebração anual em que reconhecemos e procura,ps desenvolver a sua contribuição para a promoção de uma cultura da paz e da liberdade em todo o mundo.

Tive o privilégio de conhecer Nelson Mandela em 2009. Quando eu lhe agradeci pelo trabalho de sua vida, ele insistiu que o crédito pertencia a outros. Fiquei muito emocionado por seu altruísmo e profundo senso de propósito comum.

Nelson Mandela mostrou que é possível para o nosso mundo e dentro de cada um de nós – se nós acreditarmos, sonharmos e trabalhar juntos.

Vamos continuar a cada dia a nos inspirarmos em seu exemplo ao longo da vida e seu chamado para nunca deixar de trabalhar por um mundo melhor e mais justo.”

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, 5 de dezembro de 2013 (leia também em inglês clicando aqui)

 

Alô, Dilma? Aqui é o Obama…

Alô, Dilma... aqui é o Obama

A ONU confirmou o uso de gás sarin num ataque a um subúrbio de Damasco no dia 21 de agosto. O documento não define os responsáveis pelo ataque, embora o secretário-geral, Ban-Ki-moon, ensaie uma espécie de domínio do fato contra o regime de Damasco. O recurso, como se vê, é multiuso. O brasileiro Paulo Sergio Pinheiro, comissário da ONU que investiga crimes contra os direitos humanos na Síria há mais de dois anos, tem uma opinião diferente. Ele concedeu uma profilática entrevista à Folha nesta 2ª feira, retificando um ‘consenso’ para o qual se empenham colunistas do próprio jornal. “As análises estratégicas por parte de vários países, os quais não vou nomear, foram profundamente enganadas e enganosas (…) porque alguns interesses externos apostam na destruição do Estado sírio”, disse Pinheiro e disparou no alvo: ” Se houvesse um Datafolha na Síria hoje, mais de 50% estariam a favor dele (Assad)”. Quantas vezes você leu ou ouviu isso antes, sobre um conflito que se arrasta há dois anos? A manipulação do noticiário internacional é um socavão intocado do jornalismo conservador. Escuro e embolorado, ele desautoriza ilusões no fim da guerra fria. O muro caiu; mas as classes continuam de pé. E a mídia oligopolizada está onde sempre esteve: editorias de internacional fazem da guerra externa uma extensão do combate interno. LEIA MAIS AQUI!

*Obama falou com Dilma por 20 minutos nesta 2ª feira:  telefonema de Washington adiou para hoje a decisão sobre a viagem de outubro aos EUA, da qual Dilma já havia desistido, em resposta à espionagem da CIA no país (leia a reportagem de Najla Passos e o relato do clima nos bastidores do governo sobre esse tema)**A crise mundial acabou? O que teria mudado para que ela virasse passado? (leia nesta pág)** 93% apoiam os corredores de ônibus em SP (Ibope); 73% apoiam o ‘Mais Médicos'(CNT): governo aprendeu o caminho das pedras?

Dia 27 de janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Rejeitando qualquer negação do Holocausto como um acontecimento histórico, na íntegra ou em parte, a Assembleia Geral adotou por consenso, em 2005, a resolução A/RES/60/7, na qual condena “sem reservas” todas as manifestações de intolerância religiosa, incitação, assédio ou violência contra pessoas e comunidades com base na origem étnica ou crença religiosa, onde quer que ocorram.

Este mesmo documento pede à ONU que designe o dia 27 de janeiro – aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau – como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, e solicita aos Estados-Membros que desenvolvam programas educacionais para que a tragédia não seja esquecida pelas gerações futuras com o objetivo de evitar que atos de genocídios voltem a acontecer.

O tema deste ano – Resgate durante o Holocausto: a coragem de se importar – presta homenagem àqueles que arriscaram suas vidas e de suas famílias para salvar judeus e outros da morte quase certa sob o regime nazista.

“Algumas dessas histórias alcançaram destaque icônico – como a história de Raoul Wallenberg, um diplomata sueco que ajudou a salvar dezenas de milhares de judeus em Budapeste. Mas as histórias de muitos dos salvadores são conhecidas apenas por aqueles que se beneficiaram de seus atos corajosos”, lembra o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para Dia Internacional.

Leia a mensagem do Secretário-Geral

“Durante a Segunda Guerra Mundial, milhões de pessoas que não estavam de acordo com a ideologia pervertida de Adolf Hitler de perfeição ariana – judeus, ciganos e sinti, homossexuais, comunistas, doentes mentais e outros – foram sistematicamente perseguidas, presas e transportadas para campos de extermínio. Algumas foram assassinadas imediatamente, outras cruelmente forçadas a trabalhar até a morte. Todos os anos, no aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau, lembramos o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, para que nunca esqueçamos esses crimes.

O tema deste ano – Resgate durante o Holocausto: a coragem de se importar – presta homenagem àqueles que arriscaram suas vidas e de suas famílias para salvar judeus e outros da morte quase certa sob o regime nazista. As histórias dos salvadores são diversas. Alguns abrigaram as possíveis vítimas em suas casas, outros levaram famílias para a segurança ou ajudaram a obter os documentos necessários para escapar. No entanto, entre todos existe uma linha comum: coragem, compaixão e liderança moral.

Algumas dessas histórias alcançaram destaque icônico – como a história de Raoul Wallenberg, um diplomata sueco que ajudou a salvar dezenas de milhares de judeus em Budapeste. Mas as histórias de muitos dos salvadores são conhecidas apenas por aqueles que se beneficiaram de seus atos corajosos. A comemoração deste ano destina-se a aumentar esse registro histórico, e dar a esses heróis desconhecidos o destaque que merecem.

O “Holocausto e o Programa de Divulgação das Nações Unidas” produziu um pacote educacional sobre estes salvadores. Embora os atos de genocídio ilustrem as profundezas do mal a que os indivíduos e sociedades inteiras podem descer, os exemplos desses bravos homens e mulheres também demonstram a capacidade da humanidade para o bem, mesmo durante o mais escuro dos dias.

Neste Dia Internacional, lembremo-nos de todas as pessoas inocentes que perderam suas vidas durante o Holocausto. E deixemo-nos inspirar por aqueles que tiveram a coragem de ajudar, pessoas comuns que tomaram medidas extraordinárias para defender a dignidade humana. O seu exemplo nos pode ajudar a construir um mundo melhor

Para acompanhar o calendário de eventos em memória das vítimas do Holocausto, clique aqui.

ONU destaca papel das organizações de mulheres na prevenção e resolução de conflitos

Presidenta Dilma com  Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon

Funcionários das Nações Unidas destacaram na sexta-feira  (30) o papel das organizações de mulheres e grupos da sociedade civil na prevenção da violência e na resolução de conflitos, salientando que as suas contribuições são vitais para a construção de um mundo pacífico e que devem ser reforçadas.

“Precisamos garantir que as mulheres tenham a oportunidade de desempenhar plenamente seu papel na paz e na segurança”, disse a Diretora Executiva da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Michelle Bachelet, em um debate do Conselho de Segurança sobre mulheres, paz e segurança.

Ela observou que sempre que há conflito, seja no Mali, na Síria, no Oriente Médio, ou no leste da República Democrática do Congo (RDC), “as mulheres devem ser parte da solução”.

O debate de hoje, que estava inicialmente previsto para o final de outubro, mas foi adiado devido ao furacão Sandy, marca o 12 º aniversário da resolução 1325 do Conselho de Segurança, que pediu pelo engajamento das mulheres na resolução de conflitos e na construção da paz.

Na resolução 1325 o Conselho pediu à comunidade internacional para dar às organizações femininas da sociedade civil um papel de destaque na negociação, planejamento e implementação de processos de paz e de programas de desenvolvimento pós-conflito.

Mulheres pela paz e segurança

Em seu relatório anual sobre mulheres, paz e segurança, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou um número crescente de exemplos inspiradores de mulheres em ação pela paz e segurnça. Em países como o Quirguistão, Timor Leste, Haiti, Sudão do Sul, Libéria, Nepal e muitos outros, as mulheres estão liderando abordagens inovadoras para a prevenção de conflitos e violência e construindo a paz em suas comunidades.

Bachelet, que apresentou o relatório, destacou que os grupos de mulheres no Mali estão fazendo agora contribuições para soluções não violentas para a crise no país, que está dividido desde que os rebeldes tomaram o controle do norte no início deste ano. “Apesar de sua ausência nas resoluções oficiais de processos de conflitos, as mulheres líderes no Norte estão usando canais informais para chamar os líderes de grupos armados para participar de diálogos de paz”, observou ela.

“Apenas duas semanas atrás”, ela acrescentou, “cerca de mil mulheres líderes e membros de grupos da sociedade civil se reuniram em Bamako e entregaram um apelo comum para a paz, expressando a solidariedade entre as divisões étnicas e recomendaram medidas específicas para proteger os direitos das mulheres e prevenir a violência contra mulheres e crianças”.

Bachelet pediu aos líderes mundiais para fornecer uma liderança determinada, recursos dedicados e oportunidades diretas para que as mulheres contribuam para a manutenção da paz e segurança.

Em suas observações para o evento, o Subsecretário-Geral para as Operações de Manutenção da Paz, Hervé Ladsous, disse que as missões de paz da ONU apoiaram progressos importantes em algumas áreas, nomeadamente a participação política das mulheres em nível local e nacional. Em outras áreas, como a proteção de mulheres ativistas, mais poderia ser alcançado.

5 mil mulheres contra rebeldes da República Democrática do Congo

Bachelet descreveu como, há uma semana, cerca de 5 mil mulheres inundaram a principal avenida comercial em Kinshasa, capital da RDC, para protestar contra a queda da cidade provincial de Goma para o grupo rebelde do Movimento 23 de março (M23) – o protesto não violento mais maciçamente organizado no país após a queda da cidade.

No entanto, às mulheres não têm sido dada qualquer influência política nas negociações regionais destinadas a levar a paz as partes em apuros no leste do país, acrescentou.

No preparativos para o debate do Conselho, mulheres ativistas e organizações de mulheres se reuniram com as lideranças da ONU em mais de 20 países, facilitadas pela ONU Mulheres, o Departamento de Operações de Manutenção da Paz (DPKO), o Departamento de Assuntos Políticos (DPA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para discutir os desafios e fazer suas recomendações sobre questões relativas às mulheres, paz e segurança.