Tropas russas chegam na Itália

Tropas russas chegam a #Itália para ajudar no combate a #pandemia do #coronavírus. A última vez que estiveram lá foi na Segunda Guerra Mundial. Itália registra 800 mortes por dia.

 

Algumas séries sobre política que você precisa conhecer

Seriados de política

Política costuma ser assunto para muita discussão! A indústria cinematográfica sempre considerou isso nas suas produções, como em Dr. Fantástico (1964), que conta a história de um general que planeja dominar o mundo e acabar com o comunismo, bem no período histórico em que essa corrente ganhava força.

As produções relacionadas à política vêm estabelecendo-se, principalmente, após a Segunda Guerra Mundial e o Plano Marshall, um projeto realizado pelos Estados Unidos para financiar a reconstrução da Europa pós-guerra. Assim, teve como medida a inserção de produtos culturais que propagavam ideologias, como o American Way of Life. Desde então, a indústria cresceu e, hoje, os produtos audiovisuais estão cada vez mais em evidência e diversificados.

Vamos indicar algumas séries sobre política, relacionando o conteúdo delas com os eventos no mundo, para que você se divirta e ainda fique por dentro de temas importantes! Confira agora as 6 séries sobre política que você precisa conhecer.

House of Cards

House of CardsHouse of Cards talvez seja a série mais popular dessa lista. A série estreou em 2013 pela Netflix e tem seu enredo baseado nas tentativas de ascensão ao poder de um congressista chamado Frank Underwood.

No decorrer das temporadas, estando na 5º atualmente, Frank arquiteta estratégias e planos corruptos para o tão almejado cargo da Presidência da República, juntamente com sua esposa Claire. No decorrer dos episódios, você aprende sobre o sistema político dos EUA e as relações de poder entre seus políticos e partidos.

O interessante sobre essa série é a forma escancarada com que Frank maneja suas artimanhas e interage com o público, compartilhando todos os pensamentos. Isso assusta, pois se põe à visão geral de que os políticos escondem o que pensam e seus verdadeiros objetivos. Frank, no entanto, não faz segredos com quem está assistindo. Além de contar com a brilhante atuação de Kevin Spacey como Frank Underwood, os espectadores acompanham de perto a vida desse político que os cidadãos estadunidenses não verdadeiramente conhecem.

A série se passa nos Estados Unidos, mas chamou atenção por seus eventos serem similares aos eventos políticos que aconteciam no Brasil. Só não contamos mais para não vazar informações antes que você assista! Uma rede social oficial da série, inclusive, brincou com essa semelhança afirmando, em português, que “está difícil competir”.

Homeland

HomelandHomeland retrata o momento da guerra entre o Iraque e os Estados Unidos. A série tem como protagonista a atriz Claire Daines, que interpreta uma oficial de operações da CIA, a agente Carrie Mathison. Tudo começa quando, após conduzir uma operação não autorizada, Claire foi realocada para o Centro Contraterrorista da CIA.

Nesse meio tempo, Claire foi informada de que um agente norte-americano, anteriormente capturado pela Al-Qaeda, se aliou a eles e repassou informações sigilosas do governo. Com isso, Claire segue em busca do agente infiltrado, permeada por toda a atmosfera da guerra e de seus próprios problemas psicológicos.

A Al-Qaeda e os Estados Unidos
Al-Qaeda é uma organização islâmica que foi liderada por Osama Bin Laden e, desde a sua criação em 1989, tem como principal objetivo expulsar tropas russas do Afeganistão. Durante esse período, os Estados Unidos ajudavam financeiramente a organização com a compra de armamento. Com a Guerra do Golfo e as instalações de bases militares estadunidenses na península arábica, uma localização sagrada do islã, a Al-Qaeda iniciou atividades diretas contra os Estados Unidos. Conheça a história completa do grupo terrorista, neste post.

A série está na sua 6º temporada e está disponível na Netflix. Homeland traz a perspectiva dos Estados Unidos, mas também recomendamos assistir à série na qual Homeland fora inspirada, a israelense “Prisioneiros de Guerra” (Hatufim), disponível no Globosat+ e no Now, para conhecer o outro lado da história.

The Americans

The AmericansA Guerra Fria é um dos acontecimentos históricos mais conhecidos, por ter se passado entre dois grandes eventos mundiais: a Segunda Guerra Mundial e a extinção da União Soviética. A constante tensão entre EUA e URSS, defensores de correntes políticas diferentes – capitalismo e comunismo -, é representada na série.

The Americans elucida justamente esse período. A série traz a história de dois agentes soviéticos da KGB que se infiltram nos Estados Unidos, tendo que se passar por uma família comum. Eles têm como missão controlar a rede de espiões no país, entretanto, cada vez mais se envolvem e se comportam como um casal.

A série é inspirada em fatos reais e seu criador é um ex-agente da CIA, Joe Weisberg, que mostra um pouco do que aconteceu nos Estados Unidos naquela época. A história, então, é um drama político entre o impasse do disfarce deles como agentes e a vida familiar com seus filhos. The Americans também está disponível na Netflix.

Narcos

Narcos com Wagner MouraNarcos se passa na Colômbia e conta a trajetória dos cartéis colombianos liderados por Pablo Escobar (1949 – 1993), considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo. O colombiano ganhou notoriedade por suas formas de burlar a política anti-drogas norte-americana, seu principal mercado. Além disso, envolveu-se com o maior grupo guerrilheiro do país, as FARC.

A série se passa na perspectiva de dois agentes da DEA (Agência Anti-Drogas norte-americana), que mudaram sua vida para combater Escobar em Medellín. Assim, Narcos acompanha a dualidade de Pablo como um traficante e, por outro lado, um “benfeitor” para a população da cidade. O colombiano se candidatou e chegou ao Congresso, além de realizar constantes reparações à comunidade. A série mostra também a atuação do governo da Colômbia perante o crescimento dos cartéis.

O ator brasileiro Wagner Moura faz o papel de Pablo Escobar. Para interpretar Pablo, Wagner se mudou para Medellín durante 6 meses para aprender espanhol, além de ter engordado 20 kg apenas para o papel.

Narcos foi produzida pela Netflix e dirigida pelo brasileiro José Padilha, diretor dos renomados Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite 2 (2010), que também usou a violência explícita e a exploração de aspectos íntimos dos personagens. A parceria anterior entre Wagner e Padilha fez com que houvesse uma liberdade criativa para a execução dessa série. Baseada em fatos reais, Narcos caminha para sua terceira temporada.

Quiz: mito ou verdade, o que você sabe sobre as FARC?

Designated Survivor

Designated SurvivorEstrelada por Kiefer Sutherland (da série 24 horas), Designated Survivor tem como premissa a ascensão do Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Tom Kirkman, à posição de presidência dos Estados Unidos.

A repentina mudança na vida de Kirkman foi causada por uma explosão no Capitólio dos Estados Unidos, na noite do Discurso do Estado da União, momento em que todos os governadores estavam reunidos. O Discurso do Estado da União é uma obrigação do presidente dos Estados Unidos, proposto pela Constituição, de prestar informações conclusivas sobre as estratégias políticas e militares ao Congresso. O evento acontece anualmente e é transmitido para a população.

Assim, um representante do governo fica designado a não comparecer à cerimônia, para suceder a posição de Presidente da República em caso de algum atentado.

Com o ocorrido, Kirkman tem que aprender a lidar com essa nova realidade, subitamente, sem possuir nenhuma experiência em cargos de tamanho poder. Assim, a série acompanha as imcumbências a Kirkman de formar um novo secretariado, lidar com relações exteriores e investigar o atentado terrorista.

No Brasil, a série – que é a única da nossa lista não inspirada em fatos reais – é transmitida pela Netflix.

Os Dias Eram Assim

Os Dias Eram AssimPor último, indicamos uma série brasileira que tem conquistado a atenção de muitas pessoas. Aos poucos, o país adentra o mundo das séries, fazendo grandes produções principalmente no horário das 23h na TV aberta. Os Dias Eram Assim é uma série que retrata a vida de uma família, seus conflitos e cotidiano na Ditadura Militar.

A série mostra os impasses da militância com as elites. A atriz Sophie Charlotte interpreta a personagem principal, que faz a ponte entre esses dois lados. Além disso, a produção vem sendo elogiada pela fotografia, enredo e aplicação dos fatos, tendo como parte da abertura fotos reais da época da ditadura militar (1964-1985).

A série é uma boa pedida para quem busca consumir mais produtos audiovisuais nacionais. Os Dias Eram Assim está no ar na Rede Globo, mas pode ser assistida na íntegra no Globo Play.

Diante dos mais recentes quadros no mundo, de atentados terroristas e guerras civis, podemos esperar grandes produções inspiradas na “vida real”. E você, já assistiu algumas dessas séries? Indica outras para conhecermos? Comente!

Fonte: Politize! por Giulliana Moreira, que é estudante de Jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fotógrafa. Acha fascinante o processo criativo da Comunicação, culturas e relações interpessoais.

Construção rústica se destaca na região do Barranco Alto

Antiga construção se destaca nos arrozais de Ilhota

De fato é uma construção curiosa mesmo, legal na verdade. Isso é o que restou da antiga construção de uma casa grande que ali havia e o que restou era a frente do imóvel. Eu me lembro daquela casa e as razões e motivos que levaram a demolição eu não sei. Segundo a publicação original apena a parte frontal ficou em pé, pois a antiga casa que teve os cômodos em madeira apodrecidos pelas enchentes. Encontrei essa postagem navegando a toa pela internet no Blog do Pancho e resolvi republicar no meu blog.

Quem passa pela primeira vez na localidade de Barranco Alto, em Ilhota, certamente tem a atenção desviada por essa construção. O imóvel pertence à família do falecido José Antônio Curbani, o seu Jepe, ex-veterinário do Estado, produtor rural e soldado da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial. É tão bela e curiosa que até ensaio fotográfico de moda já foi feito no local. Quem conta é o neto de José, Saulo Curbani, que foi criado na casa e hoje vive em frente, aproveitando o que de melhor a vida do campo tem a oferecer.

Fonte

História de Hiroo Onoda, oficial japonês da inteligência do Exército Imperial Japonês

História de Hiroo Onoda, oficial japonês da inteligência do Exército Imperial Japonês

Em março de 1974, quase 29 anos depois do fim oficial da II Guerra Mundial, Hiroo Onoda, oficial japonês da inteligência do Exército Imperial Japonês, emerge da selva da ilha de Lubang, nas Filipinas, onde finalmente depõe suas armas e é isentado do dever. Onoda entregou sua espada (pendurada em seu quadril na foto), cerca de 500 cartuchos de munição e várias granadas de mão. O oficial Hiroo Onoda havia sido enviado para a ilha Lubang em dezembro de 1944, onde se juntou a um grupo de soldados japoneses que tinham a missão de resistir à qualquer custo aos ataques inimigos.

Em 28 de fevereiro de 1945, tropas americanas atacaram e, após uma batalha de quatro dias, todos os combatentes japoneses, com exceção de Onoda e outros três soldados, que correram para as montanhas, foram mortos ou capturados.

A partir daí, décadas de insurgência foram iniciadas, mesmo após a guerra. Vários avisos deixados por nativos da ilha e panfletos foram atirados de aviões militares anunciando o fim da Segunda Guerra Mundial, mas os soldados japoneses se recusaram a acreditar. Em setembro de 1949, Akatsu, um dos soldados, se entregou às autoridades filipinas e pouco tempo depois, deixou um recado para seus três compatriotas que ficaram na selva, avisando que de fato a guerra havia terminado e que ele não havia sofrido nenhuma retaliação, contudo, Onoda e seus companheiros deduziram que se tratava de uma traição de seu antigo companheiro e uma tática do inimigo para capturá-los. Em 1954, Shimada, soldado japonês que havia partido para a guerra deixando sua jovem esposa com uma filha recém-nascida, foi morto. Em 19 de outubro de 1972, o último companheiro de Onoda, Kozuka, também tombou após um ataque. Onoda estava sozinho na selva.

Em 1974, Norio Suzuki, um estudante japonês, foi até a ilha de Lubang, onde encontrou Onoda e o advertiu sobre o fim da Guerra. O oficial japonês ainda assim, se recusou a acreditar. Suzuki retornou ao Japão e relatou a situação ao governo, que localizou o ex-comandante de Onoda, o major Yoshimi Taniguchi, que havia se tornado um livreiro após a guerra.

Taniguchi foi até Lubang, onde se encontrou pessoalmente com Hiroo Onoda e formalmente comunicou o fim da guerra ao ex-oficial, emitindo a ordem de depor armas. Ao longo dos quase 29 anos de guerrilha, o pequeno grupo havia matado cerca de 30 filipinos em vários ataques, mas Onoda ficou livre ao se entregar as autoridades, vez que recebeu o perdão do presidente filipino Ferdinand Marcos.

Em seu regresso à pátria, Onoda foi recebido por cerca de 4000 compatriotas no aeroporto e se tornou uma figura de muita popularidade no Japão. Lançou uma autobiografia intitulada “No Surrender: My Thirty-Year War” (“Os Trinta Anos de Minha Guerra”, título no Brasil). Em abril de 1975, Onoda se mudou para o Brasil, onde exerceu atividade de fazendeiro na Colônia Jamic, comunidade japonesa de Terenos, no Mato Grosso do Sul, juntamente com seu irmão mais velho, Tadao.

Casou-se em 1976 e assumiu um papel de liderança na colônia. Em 1984, Onoda retornou ao Japão, onde estabeleceu o Onoda Shizen Juku, um acampamento educacional para jovens que é realizado em vários locais no Japão.

Onoda foi condecorado com a medalha de Mérito Santos-Dumont pela Força Aérea Brasileira em 6 de dezembro de 2004. Em 21 de fevereiro de 2010, a Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul lhe concedeu o título de “Cidadão do Mato Grosso do Sul”. Hiroo Onoda atualmente possui 91 anos e visita o Brasil regularmente.

Chupado da fan page Imagens Históricas, com texto por Italo Magno Jau. Foto: Associated Press

O Culto à Carga. Como nasce uma religião

O Culto à Carga. Como nasce uma religião

Nas batalhas do Pacífico, durante a Segunda Guerra Mundial, era comum o fato de soldados americanos montarem postos avançados de combate, onde tentavam manter um relacionamento amistoso com os nativos destas ilhas, e, para facilitar, costumavam dar alguns presentes como bugigangas e alimentos.

Quando nativos observaram a entrega de materiais por encomendas (cargas), geralmente grupos militares recebendo suprimentos aviões, não compreendiam a origem destas cargas e atribuíam isto a causas sobrenaturais.

Quando a guerra acabou e os presentes se foram, os nativos, lembrando-se de como os presentes vinham daqueles pássaros metálicos, decidiram construir réplicas de madeira, imaginando que talvez desta forma os presentes pudessem ser magicamente atraídos. Além das réplicas, os nativos também abriram clareiras na mata para criar pistas de pouso para atrair os aviões, acendendo fogueiras que imitavam as luzes que guiam os pilotos. Muitas vezes grupos imitaram também ritualisticamente a forma de andar e se vestir dos militares na esperança de receber também a “carga” destas entidades sobrenaturais.

Na Ilha de Tanna, os cultos assumiram formas mais complexas. Os mais velhos imaginaram que, se comportando como os antigos visitantes, os presentes seriam atraídos. Para isso, no dia 15 de fevereiro de cada ano, uma bandeira dos Estados Unidos é hasteada e os mais velhos vestem os poucos uniformes que lhes foram deixados pelos soldados. Outros desfilam e dançam com pedaços de madeira imitando fuzis.

Eles também possuem um messias: os nativos esperam por John Frum, o filho de deus que, vindo acompanhado de um exército de mortos, fará com que os nativos retornem às antigas tradições em um evento apocalíptico. John Frum assume vários rostos: o de um nativo, um homem branco ou até mesmo um soldado americano negro.

Há algumas versões que tentam explicar quem teria sido “John Frum”. Alguns estudiosos dizem que este seria o nome bordado no uniforme de algum soldado americano que teria tido maior contato com os nativos, mas outros dizem que muitos soldados apresentavam-se como “John from America”, e a lembrança de uma parte desta frase muitas vezes ouvida teria se transformado em “John Frum”.

Fonte: Livro Deus: Um Delírio, de Richard Dawkins. Texto de Diego Vieira. Chupado do facebook do Imagens Históricas.

Dia 27 de janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Rejeitando qualquer negação do Holocausto como um acontecimento histórico, na íntegra ou em parte, a Assembleia Geral adotou por consenso, em 2005, a resolução A/RES/60/7, na qual condena “sem reservas” todas as manifestações de intolerância religiosa, incitação, assédio ou violência contra pessoas e comunidades com base na origem étnica ou crença religiosa, onde quer que ocorram.

Este mesmo documento pede à ONU que designe o dia 27 de janeiro – aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau – como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, e solicita aos Estados-Membros que desenvolvam programas educacionais para que a tragédia não seja esquecida pelas gerações futuras com o objetivo de evitar que atos de genocídios voltem a acontecer.

O tema deste ano – Resgate durante o Holocausto: a coragem de se importar – presta homenagem àqueles que arriscaram suas vidas e de suas famílias para salvar judeus e outros da morte quase certa sob o regime nazista.

“Algumas dessas histórias alcançaram destaque icônico – como a história de Raoul Wallenberg, um diplomata sueco que ajudou a salvar dezenas de milhares de judeus em Budapeste. Mas as histórias de muitos dos salvadores são conhecidas apenas por aqueles que se beneficiaram de seus atos corajosos”, lembra o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para Dia Internacional.

Leia a mensagem do Secretário-Geral

“Durante a Segunda Guerra Mundial, milhões de pessoas que não estavam de acordo com a ideologia pervertida de Adolf Hitler de perfeição ariana – judeus, ciganos e sinti, homossexuais, comunistas, doentes mentais e outros – foram sistematicamente perseguidas, presas e transportadas para campos de extermínio. Algumas foram assassinadas imediatamente, outras cruelmente forçadas a trabalhar até a morte. Todos os anos, no aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau, lembramos o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, para que nunca esqueçamos esses crimes.

O tema deste ano – Resgate durante o Holocausto: a coragem de se importar – presta homenagem àqueles que arriscaram suas vidas e de suas famílias para salvar judeus e outros da morte quase certa sob o regime nazista. As histórias dos salvadores são diversas. Alguns abrigaram as possíveis vítimas em suas casas, outros levaram famílias para a segurança ou ajudaram a obter os documentos necessários para escapar. No entanto, entre todos existe uma linha comum: coragem, compaixão e liderança moral.

Algumas dessas histórias alcançaram destaque icônico – como a história de Raoul Wallenberg, um diplomata sueco que ajudou a salvar dezenas de milhares de judeus em Budapeste. Mas as histórias de muitos dos salvadores são conhecidas apenas por aqueles que se beneficiaram de seus atos corajosos. A comemoração deste ano destina-se a aumentar esse registro histórico, e dar a esses heróis desconhecidos o destaque que merecem.

O “Holocausto e o Programa de Divulgação das Nações Unidas” produziu um pacote educacional sobre estes salvadores. Embora os atos de genocídio ilustrem as profundezas do mal a que os indivíduos e sociedades inteiras podem descer, os exemplos desses bravos homens e mulheres também demonstram a capacidade da humanidade para o bem, mesmo durante o mais escuro dos dias.

Neste Dia Internacional, lembremo-nos de todas as pessoas inocentes que perderam suas vidas durante o Holocausto. E deixemo-nos inspirar por aqueles que tiveram a coragem de ajudar, pessoas comuns que tomaram medidas extraordinárias para defender a dignidade humana. O seu exemplo nos pode ajudar a construir um mundo melhor

Para acompanhar o calendário de eventos em memória das vítimas do Holocausto, clique aqui.

Mantenha a calma e siga em frente

Keep calm and carry on

Muitos já devem ter visto esta imagem, que se tornou recentemente um viral na internet com inúmeras derivações, das mais inteligentes as mais engraçadas. No entanto, poucos conhecem a história por trás desta frase simples, porém, profunda “Keep calm and carry on” – em português, “mantenha a calma e siga em frente”.

Na primavera de 1939, quando a Inglaterra se juntou às tropas aliadas para combater a Alemanha na 2ª Guerra Mundial, o governo inglês resolveu publicar uma série de pôsteres para acalmar a população aflita com o combate que estava apenas em seus primeiros momentos. A ideia era imprimir três cartazes que seguissem o mesmo padrão de design – duas cores, uma frase impressa em fonte elegante e um desenho da coroa do Rei George VI – e serem coladas em espaços de grande circulação.

Três versões foram produzidas, a 1° em azul e branco dizia “your courage, your cheerfulness, your resolution will bring us victory” (sua coragem, sua alegria, sua resolução nos trará a vitória) e teve uma tiragem de 400 mil exemplares. O 2° em verde e branco vinha com a frase “Freedom is in peril, defend it with all your might” (a liberdade está em perigo, defenda-a com toda sua força) e teve sua tiragem dobrada para 800 mil exemplares. A última versão, e mais conhecida nos dias de hoje, nunca foi exposta para os ingleses naquele período, esta só seria publicada se realmente as coisas piorassem, caso de invasão, por ex., e foram impressos 5 milhões de copias.

Como isso não aconteceu, os pôsteres foram destruídos. Atualmente, restam apenas sete, seis foram encontrados em 2009 e foram para o Museu Britânico da Guerra e um foi encontrado em uma livraria no norte da Inglaterra pelo seu dono, Stuart Manley. Este mandou emoldurar e colar o cartaz em seu estabelecimento – foto do post. A frase passou a chamar a atenção de muitos clientes e Manley começou a reproduzir e vender as cópias, mais de 40 mil cartazes deste tipo já foram vendidos, e inspirou pessoas pelo mundo todo. Amigos do IH, problemas sempre existirão, momentos de crise e alegria fazem parte da vida, mas continuem firmes, mantenham a calma e sigam em frente que as coisas se resolverão.

O bombardeamento de Hiroshima

O bombardeamento de Hiroshima

O Enola Gay e a sua tripulação, que lançou a bomba atômica “Little Boy” sobre Hiroshima.

Hiroshima foi o alvo principal da primeira missão de ataque nuclear dos E.U.A., a 6 de Agosto de 1945. O B-29 Enola Gay, nome da mãe do piloto, Coronel Paul Tibbets, decolou da base aérea de Tinian no Pacífico Oeste, a aproximadamente 6 horas de voo do Japão.

O dia 6 foi escolhido por ter havido anteriormente alguma formação de nuvens sobre o alvo. Na altura da decolagem, o tempo estava bom e tanto a tripulação como o equipamento funcionaram adequadamente. O capitão da Marinha William Parsons armou a bomba durante o voo, já que esta se encontrava desarmada durante a descolagem para minimizar os riscos. O ataque foi executado de acordo com o planejado até ao menor detalhe, e a bomba de gravidade, uma arma de fissão de tipo balístico com 60 kg de urânio-235, comportou-se precisamente como era esperado.

Cerca de uma hora antes do bombardeamento, a rede japonesa de radar de aviso prévio detectou a aproximação de um avião americano em direção ao sul do Japão. O alerta foi dado e a radiodifusão foi suspensa em várias cidades, entre elas Hiroshima.

O avião aproximou-se da costa a grande altitude. Cerca das 8h, o operador de radar em Hiroshima concluiu que o número de aviões que se aproximavam era muito pequeno — não mais do que três, provavelmente — e o alerta de ataque aéreo foi levantado. Para poupar combustível, os japoneses tinham decidido não interceptar formações aéreas pequenas, as quais presumiam ser, na sua maioria, aviões meteorológicos. Os três aviões em aproximação eram o Enola Gay, The Great Artist (em português, “O Grande Artista”) e um terceiro avião sem nome na altura mas que viria a ser mais tarde batizado de Necessary Evil (“Mal Necessário”). O primeiro avião transportava a bomba, o segundo tinha como missão gravar e vigiar toda a missão, e o terceiro foi o avião encarregado de fotografar e filmar a explosão.

No aviso radiodifundido foi dito às populações que talvez fosse aconselhável recolherem aos abrigos antiaéreos caso os B-29 fossem realmente avistados, embora nenhum ataque fosse esperado para além de alguma missão de reconhecimento. Às 8h15min, o Enola Gay largou a bomba nuclear sobre o centro de Hiroshima. Ela explodiu a cerca de 600 metros do solo, com uma explosão de potência equivalente a 13 kton de TNT, matando um número estimado de 70.000 a 80.000 pessoas instantaneamente. Pelo menos 11 prisioneiros de guerra dos E.U.A. morreram também. Os danos infraestruturais estimam-se em 90% de edifícios danificados ou completamente destruídos.

Hiroshima, 6 de agosto de 1945

Hiroshima, 6 de agosto de 1945

Nuvem em forma de cogumelo, a marca deixada pela bomba atomica que explodiu a 500 metros. de altitude no centro de Hiroshima, Japão, a 6 de Agosto de 1945, atingiu 18 km de altura causando o Holocausto.

Na época do seu bombardeamento, Hiroshima era uma cidade de considerável valor industrial. Alguns aquartelamentos militares estavam localizados nas suas imediações, tais como os quartéis-generais da Quinta Divisão e o 2º Quartel-General do Exército Geral do Marechal-de-Campo Shunroku Hata, o qual comandou a defesa de todo o sul do Japão. Hiroshima era considerada uma base menor de pouca importância de fornecimentos e de logística para os militares japoneses. A cidade era, com efeito, um centro de comunicações, um ponto de armazenamento, e uma zona de reunião para tropas. Era uma das cidades japonesas deixadas deliberadamente intocadas pelos bombardeamentos estado-unidenses, proporcionando um ambiente perfeito para medir o dano causado pela bomba atómica na luz do dia.

O centro da cidade continha vários edifícios de betão armado e outras estruturas mais ligeiras. A área à volta do centro estava congestionada por um denso aglomerado de oficinas de madeira, construídas entre as casas japonesas. Algumas fábricas de maior dimensão estavam estabelecidas no limite urbano. As casas eram, na sua maioria, de madeira com topos de telha, sendo também de madeira vários dos edifícios fabris. A cidade era assim, no seu todo, extremamente susceptível a danos por fogo.

A população tinha atingido um máximo de mais de 380.000 pessoas no início da guerra, mas antes de agosto de 1945 tinha já começado a diminuir firmemente, devido a uma evacuação sistemática ordenada pelo governo japonês. Na época do ataque, o número de habitantes era de aproximadamente 255.000 pessoas. Este número é baseado no registo populacional que o governo de então utilizava para calcular o número de rações, pelo que as estimativas de trabalhadores e tropas adicionais que entravam na cidade poderão ser para sempre inexatas.

Nazistas são condenados no Tribunal de Nuremberg

Vista do banco dos réus no Tribunal de Nuremberg

O Tribunal Militar Internacional de Nuremberg declara em 30 de setembro de 1946 que 18 líderes nazistas são culpados de crimes de guerra e dos quais 11 condenados à pena capital por ”crime contra a humanidade”.

Ao se aproximar a data do início dos julgamentos – 20 de novembro de 1945 – a cidade começou a se encher de visitantes. Equipes de cerca de mil procuradores, advogados e juristas passaram a ouvir testemunhas e organizar dezenas de milhares de documentos. Advogados alemães, alguns dos quais nazistas, chegam para entrevistar seus clientes.

No dia da abertura, os 22 acusados tomam assento no banco dos réus. Às 10h00, o presidente do tribunal, o britânico Geoffrey Lawrence, proclama: “Atenção. Todos de pé!” Juízes dos 4 países – União Soviética, Estados Unidos, Grã Bretanha e França – tomam seus lugares.

O julgamento começa com a extensa leitura das acusações: Primeira Acusação: “conspiração para desencadear guerra agressiva”, anexação da Áustria e invasão de diversos países europeus; Segunda Acusação: “desencadeando uma guerra agressiva; Terceira Acusação:”crimes de guerra” como extermínio ou maus tratos de prisioneiros e utilização de armas proibidas; Quarta Acusação: “crimes contra a humanidade” crimes cometidos contra os judeus, minorias étnicas, contra os deficientes físicos e mentais, contra os civis em países ocupados.

O processo foi dividido em duas fases principais. A primeira centrou-se em estabelecer a criminalidade dos vários componentes do regime nazista, enquanto a segunda buscou estabelecer a culpabilidade individual dos acusados. Examinou-se na primeira fase a utilização pelos nazistas do trabalho escravo e os campos de concentração. Foram trazidas provas do verdadeiro horror do regime nazista. Por exemplo, em 13 de dezembro de 1945, o promotor Thomas Todd mostrou imagens de pele humana tatuada curtida de vítima de campo de concentração, preservada para Isle Koch, a mulher do comandante de Buchenwald, que gostava de usá-la em seus abajures.

Em 18 de dezembro, começou-se a exibir provas da culpabilidade de cada um dos membros da liderança do Partido Nazista, do Gabinete governamental, da SS, da Gestapo, do alto comando militar.

Em janeiro de 1946, vítimas dos campos de concentração contaram suas experiências. Marie Vaillant-Couturier, francesa de 33 anos, deu um pavoroso depoimento do que vira em Auschwitz em 1942.  Relatou que certa noite foi acordada por horríveis gritos. No dia seguinte soube que, como tinha se esgotado o gás Zyklon B, os nazistas começaram a lançar as crianças dentro do forno crematório vivas.

Num outro momento, o advogado de Goering perguntou se o Partido Nazista chegara ao poder por meios legais. Numa longa resposta, contou a ascensão dos nazistas. “Uma vez lá instalados, estávamos determinados a mantê-lo sob quaisquer circunstâncias.” Adiante o procurador Robert Jackson, após descrever a terrível Kristallnacht, Noite dos Cristais Partidos, em que foram destruídas centenas de lojas e sinagogas, perguntou se confirmava suas palavras ditas na ocasião a um destacamento de segurança –” Exijo que a judiaria alemã contribua com um bilhão de marcos por seus crimes abomináveis”. Goering consentiu e acrescentou: “Eu não gostaria de ser judeu na Alemanha”.

Muitos dos acusados alegaram obedecer ordens ou desconhecer os fatos. Alguns confessaram seus crimes, oferecendo desculpas pelas ações. O marechal  Wilhelm Keitel confessou-se “arrependido por não ter rejeitado ordens dadas na execução da Guerra no Leste contrárias à moral bélica.” Hans Frank, governador nazista da Polônia, respondeu “sim” se havia participado na aniquilação dos judeus e acrescentou. “Mil anos se passarão e a culpa da Alemanha não terá sido apagada”.

Conclusão

Em 30 de setembro, os 21 acusados são reunidos pela última vez para ouvir os veredictos. O presidente Sir Geoffrey Lawrence diz que devem permanecer sentados enquanto a sentença é anunciada. “O acusado, Hermann Goering, foi a força motriz das guerras agressivas, o segundo só atrás de Adolf Hitler…. Determinou que Himmler e Heydrich encontrassem uma solução final para a questão judaica. Culpado das 4 acusações.” Prosseguiu com os veredictos. Ao todo, 18 réus foram condenados por uma ou mais acusações e 3 – Schacht, Von Papen e Fritzsche – considerados não culpados.

O Tribunal Militar Internacional condenou Goering, Ribbentrop, Keitel, Rosenberg, Frank, Frick, Kaltenbrunner, Streicher, Sauckel, Jodl e Seyss-Inquart à morte na forca. Prisão perpétua para Hess, Funk e Raeder. Von Schirach e Speer receberam pena de 20 anos, Von Neurath, 15 anos e Doenitz, 10 anos.

Em 15 de outubro, véspera da data marcada para a execução, Goering deixa um bilhete dizendo que admitia ser fuzilado, mas como marechal do Reich não se permitiria ser enforcado e que preferia morrer como Aníbal. Ato contínuo, põe uma cápsula de ácido cianídrico entre os dentes e aperta as mandíbulas.

Outros fatos marcantes da data