Como nos dar conselhos tão bons quanto damos aos outros


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A maioria de nós acredita ser mais fácil ter sabedoria para resolver os problemas dos outros do que os nossos próprios.

Mas pode haver uma maneira simples de acabar com esta distinção, permitindo que tiremos proveito de nossos próprios conselhos. A solução encontra-se no autodistanciamento, ou seja, em tentar considerar seus problemas do ponto de vista de um observador – uma espécie de empatia às avessas.

A recomendação é uma das conclusões de uma pesquisa realizada por Ethan Kross (Universidade de Michigan – EUA) e Igor Grossmann (Universidade de Waterloo – Canadá).

Grossmann e Kross pediram aos voluntários para refletirem sobre um conflito de relacionamento próprio ou de uma outra pessoa – eles deveriam pensar sobre esse problema em primeira pessoa e depois em terceira pessoa e oferecer conselhos sobre como resolver o problema em cada um dos casos. Os resultados mostram claramente que, quando as pessoas pensam sobre os problemas em primeira pessoa, elas têm mais sabedoria ao resolver o problema que não é seu.

Os pesquisadores batizaram esse “preconceito” de “Paradoxo de Salomão”, uma referência ao rei do Velho Testamento que era conhecido por sua sabedoria, mas que falhava na hora de tomar decisões pessoais.

Este estudo se baseia em pesquisas anteriores da mesma dupla, que já havia demonstrado o impacto que o “falar de si mesmo” tem sobre o autocontrole e de como desenvolver a sabedoria. Essas pesquisas demonstraram que, quando as pessoas falam de si próprias como se fossem uma outra pessoa, elas apresentam menos vergonha e preocupação do que quando falam sobre si mesmas usando a primeira pessoa. Elas também ficam mais confiantes, menos nervosas e são mais persuasivas nesses casos.

“Quando as pessoas se distanciam, eles são capazes de raciocinar melhor sobre seus próprios problemas, como também sobre os problemas dos outros,” disse Kross. Dê um passo atrás para avançar emocionalmente. Kross e Grossmann dizem que é fácil fazer esse autodistanciamento.

“Nós só pedimos a nossos participantes para não usar seu próprio nome e usar outros pronomes que não fossem em primeira pessoa, como ‘você’ por exemplo, quando eles estivessem pensando sobre si mesmos,” disse Kross. “Em vez de dizer, ‘Por que estou me sentindo assim?’, adotar uma perspectiva distanciada se perguntando, ‘Por que você está se sentindo assim?’.”

A dupla relata ainda que, durante seus experimentos, não encontrou indícios de que o conhecido ditado de que a idade traz a sabedoria seja verdadeiro: jovens e velhos apresentaram as mesmas dificuldades em lidar com os próprios problemas: Será preciso envelhecer para alcançar a sabedoria?

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