A Câmara de Vereadores é a casa do lugar onde os diplomados juraram guardar, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil, entre outras coisas, o bem-estar social da população e a manutenção dos princípios democráticos (Artigo 53 #LOM), mas aqui em Ilhota, os detentores eleitos, poderes conferidos a eles e elas, não se preocupam tanto assim com “bem-estar social da população”. A Câmara de Vereados é para aproximar, não excluir o deixar de assistir, por força de Lei ou atos legislativos o interesse da população, da sociedade, sejam eles ou elas quem sejam. Mas, onde quero chegar com isso? Com o acesso a própria Câmara de Vereadores de Ilhota, a sua falta de acessibilidade.
É de conhecimento de todas e todos da cidade o local, o endereço e o espaço físico onde está sediado o Poder Legislativo da pequena colônia belga. A Câmara fica instalado num prédio alugado, onde no primeiro piso é o Plenário, no segundo, o andar administrativo e os gabinetes. Mas não existe elevador nem tão pouco, algum instrumento que possa facilitar o acesso daqueles ou daquelas que não provem de toda mobilidade. Aqueles ou aquelas que possuem alguma deficiência, restam apenas usufruírem o Plenário da Câmara, acesso que se dá pela entrada principal via Rua Izidoro Maes. Ao segundo piso, nem pensar. Só na imaginação mesmo.
Mas mesmo acessando o Plenário pelo logradouro mencionado, há dois gigantescos obstáculos. A própria rua é um aclive bem acentuado que é uma prova de vida para o cadeirante, idoso, ou outro portador ou portadora de deficiência em subir a rua íngreme. Se não bastasse isso, vem os carros, em que os motoristas estacionam na calçada, no acesso principal ao Plenário da casa. Pelas fotos anexadas ao post, podemos entender melhor o contexto. Uma situação que não condiz com a casa do povo, meio que desobrigando nós o acesso ao nosso próprio ambiente. Até mesmo para os que não possuem nenhuma deficiência, é difícil disputar o acesso com os carros, imagina os que tem dificuldades e que nasceram com ela ou adquiriram de alguma forma uma deficiência que impossibilita sua mobilidade. É o mínimo que os nossos vereadores e vereadoras deveriam fazer, garantir o acesso, mas nem isso fazem ou se preocuparam até agora. Eu não sei de quem são os donos dos carros, se é da comunidade, vereadores ou servidores, mas essa cultura, tem que acabar, agora e hoje. A prioridade é as pessoas, o pedestre.
Semana passada fui duas vezes na Câmara de Vereadores. Um dia era a sessão, noutro, uma audiência pública. Nas duas vezes, o local estava ocupado por carros, inclusive está em dias e horários que não possui atividade legislativa com os vereadores e vereadoras. Se os nossos edis não respeitam nem a CTB, qual Lei e bom senso, civilidade respeitarão?
Vejo que nossos legisladores elogiando a abertura e manutenção de estrada, garantido o sagrado direito de ir e vir de todas e todos, mas quando se trata da própria casa, passam paninho. Antes deles ou delas se preocuparem com a abertura da Tribuna Livre, que é um sonho para nós invisíveis da sociedade podermos nos expressar, primeiro um elevador, um acesso digno a casa do povo, tirar os carros da calçadas, depois as demais coisas.
Antes de terminar, quero dizer que não me escondo atrás de perfis falsos ou utilizo de mecanismos obscuros para ocultar minha expressão do que penso ou emitir e dar voz a minha militância. Todas as mídias sociais que utilizo tem a minha assinatura e identidade. A ocultação são atitudes de covardes. Quem se esconde a uma #ProfileFake, homem ou mulher não é! Em nome daqueles que lutamos e defendemos, exigimos que sejamos tratados como a Lei assim obrigada.
Com alegria,
#DialisonCleberVitti